Álcool, drogas e muitas outras substâncias psicoativas semelhantes ingeridas na tentativa de esquecer os problemas e preocupações de todos os dias, mas que a médio ou longo prazo seu consumo habitual pode ter sérias consequências para a nossa saúde converte-se em um fardo difícil de carregar e identificar na sociedade, felizmente existe tratamentos para os vícios, com resultados eficazes.

O ambiente em que estamos inseridos, fatores de caráter psicossocial, biológico ou genético são alguns dos elementos que desempenham um papel essencial em nossas vidas e que podem inclinar a balança a favor ou contra a dependência de determinadas substâncias.

Os Problemas dos Vícios: Diagnóstico e Tratamentos

Vício em Adolescentes:

No caso da população mais jovem, as causas dos vícios se devem aos problemas gerados no ambiente familiar, as influências do ambiente em que está inserida, a curiosidade de descobrir a novidade que envolve este tipo de substâncias ou problemas emocionais.

Quando tem lugar este tipo de complicações, os adolescentes sofrem uma grande depressão a nível emocional, onde podem chegar a expressar algum ressentimento, raiva e vergonha pela forma de agir e de ser dos seus pais, amigos e outras pessoas que fazem parte do seu círculo. Uma alternativa para que todos estes obstáculos não os afetem emocionalmente é recorrer a algum tipo de vício que lhes permite evitar essas circunstâncias.

As drogas, como especificaremos nas próximas linhas, não são as únicas vias de fuga, também o simples fato de escutar música, jogar e apostar, comer quantidades excessivas de alimentos ou se expor por um longo período de tempo na frente de jogos de vídeo. Ao contrário das substâncias psicoativas, estas dependências não são tão prejudiciais à nossa saúde.

Cérebro e dependência de substâncias psicoativas:

Estudos realizados a nível oficial e relatórios publicados pela OMS (Organização Mundial de Saúde) percebem a importância que o nosso cérebro tem a respeito da dependência de determinadas substâncias. Este tipo de estudos não hesita em afirmar que esses vícios se devem a um compêndio de muitos fatores diferentes, como psicossocial, ambiental, biológico, genético, ou, inclusive, cultural, tal e como brevemente mencionamos nas linhas anteriores.

No interior do nosso cérebro existem muitos diferentes tipos de receptores e mensagens químicas conhecidos com o nome de neurotransmissores, biomoléculas encarregadas ​​pela transmissão de informações de um neurônio para outro mediante uma sinapse para que tudo funcione corretamente.

Levando isso em conta, as substâncias psicoativas a que nos referimos nas linhas anteriores são responsáveis ​​por imitar os efeitos dos neurotransmissores endógenos naturais e dificultar o funcionamento normal do cérebro, no sentido de que o armazenamento, liberação e eliminação de neurotransmissores serão seriamente comprometidas.

Diagnosticar e tratar os vícios:

Em muitas ocasiões, não se é capaz de determinar se estamos realmente viciados ou não em uma substância determinada, no caso especialmente de certas substâncias dado a sua aceitação pela sociedade, como álcool ou tabaco. Quando o consumo de tais substâncias escapa ao nosso controle, ao que adicionamos um componente psicológico conhecido como delirante ou "negação", podemos falar sobre o vício.

Os vícios podem ser de vários tipos, não apenas com a relação à dependência de substâncias como o álcool, maconha, heroína ou drogas, mas também as dependências de tipo emocional até uma pessoa que estávamos fortemente ligados, de caráter psicológico, como telefone celular, trabalho ou internet, assim como transtornos de estado de ânimo, alimentação e outros comportamentos compulsivos.

O tratamento para este tipo de vício é começar a entender as causas que originam este tipo de comportamento e, assim, encontrar a chave para erradicá-los. Desta forma, podemos incutir novos comportamentos, mais benéficos para o nosso próprio bem-estar, e avançar para a fase de reintegração, consolidação das mudanças e planejar um projeto de vida mais saudável para o futuro.

Nestes casos, o melhor é ficar nas mãos de profissionais que com uma larga experiência em suas costas poderão nos oferecer a ajuda que precisamos a respeito. Este apoio pode ser encontrado, por exemplo, em centros de desintoxicação, a fim de livrar-se do comportamento aditivo ou afastar-se de um vício ou tóxico especifico. Ao ser privada daquilo em que é viciada, essa pessoa pode se ver dominada por estados de ansiedade alteram o seu sistema nervoso, por essa mesma razão, precisamos da ajuda deste tipo de profissionais experientes.

As terapias comportamentais, no caso concreto de dependência de drogas, por exemplo, são de grande ajuda, já que modificam os seus comportamentos e atitudes, além de oferecer os recursos necessários para lidar com aquelas situações que mais podem alterar o seu sistema nervoso. Também lhes permite controlar aqueles sinais que podem acender em seu interior o desejo incontrolável por este tipo de substâncias, evitando o fato de cair no mesmo abuso compulsivo pelo qual se caracterizava o seu comportamento no início.

Uma vez que as pessoas adentram neste tipo de tratamento é pelo fato de que o vício as tem consumido por dentro e já faz parte de suas vidas. Além de não poder ser capaz de controlar o seu desejo de consumir essas substâncias, a vida que haviam construído ao seu redor, seja no âmbito familiar ou no local de trabalho, começa a desmoronar.

Por esta mesma razão, todos os programas que visam ajudar pessoas viciadas têm que lidar com todas estas questões e incorporar serviços de reabilitação com profissionais que atendam às necessidades específicas de cada paciente, seja a nível psicológico, social, jurídico, médico ou profissional.

E você? Já procurou em alguma ocasião um centro de desintoxicação ou conhece alguém a respeito? Como foi a sua experiência?