O câncer de pulmão é uma das neoplasias ou tumores mais comuns em todo o mundo. De acordo com estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de um milhão e setecentos mil novos casos desta doença são diagnosticados a cada ano.

O câncer de pulmão, junto com o de traqueia, é o segundo caso de maior incidência em homens, e o quarto mais frequente no caso das mulheres. Trata-se de um tipo de câncer comum, mas potencialmente evitável. O consumo de tabaco está associado com o desenvolvimento desses tumores, assim como com o câncer de mama.

Neste artigo falaremos do câncer de pulmão: sintomas, tipos, tratamento e expectativa de vida.

Câncer de Pulmão: Sintomas, Tipos, Tratamento e Expectativa de Vida

o Que é o Câncer de Pulmão?

O câncer de pulmão é um inimigo silencioso. Geralmente, os sintomas apenas aparecem quando a doença está em um estágio muito avançado. Esta é a razão pela qual a minoria dos casos é diagnosticada na fase inicial da doença.

Após a confirmação do diagnóstico de câncer de pulmão, o próximo passo é determinar a extensão da doença. O tumor pode se localizar estritamente dentro dos pulmões ou ter se espalhado para outros órgãos, como o cérebro, os ossos, o fígado e as glândulas suprarrenais, que são os órgãos mais frequentemente afetados. A ressonância magnética do cérebro pode identificar a presença de metástases no cérebro. Podem ser úteis outros exames, de acordo com a avaliação médica de cada caso.

O câncer de pulmão é classificado em sete etapas: IA, IB, IIA, IIB, IIIA, IIIB e IV. Na fase inicial, os tumores são muito pequenos, alcançando apenas 2 cm de diâmetro e se limitam aos pulmões. Nas fases finais, os tumores chega a medir até 15 cm e podem estar espalhados em outros órgãos do corpo.

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Sintomas do Câncer de Pulmão

Dependendo de onde se localiza o tumor, os sintomas de câncer de pulmão são diferentes. No entanto, podemos mencionar os seguintes sintomas de caráter geral:

  • Tosse, geralmente seca, com persistência de mais de três semanas. Às vezes, no caso de fumantes, a tosse crônica é confundida com a que indica a presença de câncer.
  • Dispneia (dificuldade para respirar). Pode estar relacionada com os esforços ao realizar atividades habituais, como tomar banho e, em alguns casos, apenas caminhar em casa. Normalmente, aparece timidamente e piora com o tempo.
  • Dor contínua no peito.
  • Hemoptise ou presença de sangue na expectoração. Embora possa indicar também a presença de tuberculose.
  • Pneumonia recorrente ou mal curada.
  • Inchaço no pescoço ou no rosto.
  • Perda de peso importante.
  • Rouquidão durante mais de uma semana.

Em estágios muito avançados, o principal sintoma é o catarro com sangue, dificuldade para engolir, rouquidão e infecção pulmonar. Com o desenvolvimento do câncer pode aparecer um tumor chamado tumor de Pancoast, que é bastante comum nesses casos. Pode causar sintomas, como a diminuição do tamanho da pupila do olho, dor no braço e no ombro, redução da força muscular e o aumento da temperatura da pele na região do peito.

Tipos de Câncer de Pulmão

Existem diferentes tipos de câncer que podem afetar os pulmões. No entanto, o câncer é apenas um, e de acordo com as suas características, podemos dividir o câncer de pulmão em dois grupos representativos. Por um lado, o não carcinoma de células não pequenas é o tipo mais comum de tumor (80% dos casos pertence a este grupo). Este grupo apresenta três subtipos principais:

  • Adenocarcinoma.
  • Carcinoma espinho celular (carcinoma espidermoide).
  • Carcinoma de células grandes.

O outro grupo é denominado de pequenas células. Representa aproximadamente 20% dos casos de câncer de pulmão. Caracteriza-se pelo crescimento rápido e ser mais agressivo do que o grupo anterior.

Tratamento do Câncer de Pulmão

Para tratar o câncer de pulmão, é preciso levar em conta alguns fatores. Entre eles, o tipo de câncer, o estágio em que se encontra, a localização, até onde se estende o tumor e quão forte é o paciente. Os diversos tratamentos podem ser usados para ter sob controle o câncer ou conseguir melhorar a qualidade de vida da pessoa, reduzindo os efeitos dos sintomas.

Cirurgia: O que se pretende é remover o tumor. O tipo de cirurgia conta com características físicas porque, dependendo da localização do tumor, existe mais ou menos gravidade na operação. A cirurgia que vai ser realizada depende da localização do tumor no pulmão.

Uma operação que se encarregará de eliminar apenas uma pequena porção do pulmão é uma operação segmentar. Quando se retira todo o lóbulo do pulmão, é uma operação que se chama lobectomia. Fala-se da extração de todo o pulmão quando se trata de uma pneumonectomia. Em ocasiões, é preciso recorrer a esta operação, porque os tumores são inoperáveis. Ou também o paciente não pode se submeter à cirurgia porque questões de saúde e porque não superaria a recuperação.

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Quimioterapia: A quimioterapia é um processo conhecido e muito agressivo. Trata-se do uso de fármacos para poder destruir as células tumorais do organismo. A quimio, como é conhecida popularmente, pode atuar como medida complementar da cirurgia, quando, depois da eliminação de um tumor, presume-se a presença de células cancerígenas em tecidos adjacentes ou em outro local no corpo.

A grande maioria dos medicamentos contra o câncer é administrada mediante injeção direta ou através de um cateter. Alguns fármacos são administrados por via oral.

Radioterapia: A radioterapia, tem a mesma função que a quimioterapia, mas não é através de medicamentos, mas de canhões de energia que destroem as células cancerígenas na área em que está dirigido o canhão. A radioterapia, pode ser utilizada antes de ser realizada a cirurgia. Dessa forma, poderá reduzir o tamanho antes da extração. Mas também é usada após a cirurgia para eliminar todos os vestígios de células cancerígenas.

Expectativa de Vida de Pessoas com Câncer de Pulmão

Os sobreviventes de câncer de pulmão vivem muito mais tempo do que viviam há várias décadas. As estatísticas indicam que os sobreviventes de câncer morrem 18 anos após a doença ter sido diagnosticada. Destes sobreviventes, 51% morrem como consequência da doença, enquanto que os 49% restantes falecem por causas relacionadas com outras doenças.

Os pesquisadores também descobriram que os pacientes que sobreviveram mais tempo após o diagnóstico inicial, tendem a morrer de outra doença. No total, 32,8% dos pacientes que morreram de câncer de pulmão, o fizeram durante os cinco anos seguintes ao momento do diagnóstico, em comparação com 62,7% que o fizeram depois de 18 anos.