Apresentada como uma doença viral hemorrágica, a febre de Lassa está se espalhando rapidamente pela África e pode chegar à Europa no futuro. Nós falamos com mais detalhes sobre isso nas próximas linhas.

A Propagação da Febre de Lassa é Cada vez Maior

A rapidez com a qual está se propagando por regiões como Nigéria, Libéria, Guiné e Serra Leoa tem feito com que uma doença mortal como a febre de Lassa ascenda os alarmes das autoridades. Apenas na Nigéria, de acordo com dados fornecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Para se ter uma ideia de quão letal esta doença pode ser, estudos estimam a gravidade da febre de Lassa em 1%, embora no caso de pacientes hospitalizados poderia chegar aos nada desconsideráveis 15%. Apesar da sua taxa de mortalidade, a febre não apresenta sintomas em um percentual insignificante de 80% dos casos, embora nos pacientes mais graves sejam gerados danos neurológicos ou hemorrágicos.

Febre de Lassa: Uma Doença Mortal sem Vacina

Sem a existência de uma vacina que possa interromper a doença, apenas existem pesquisas realizadas a respeito que podem fornecer um pouco de luz sobre a maneira que é possível erradicá-la.

Desde o início de janeiro passado, mais de 1.000 casos suspeitos de febre de Lassa foram acumulados em toda a Nigéria, tal e como confirma o Centro para Controle de Doenças do país. Embora o número continue a aumentar, no momento estima-se que haja um total de noventa pessoas mortas.

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Mais Sobre a Febre de Lassa

Esta febre se produz por um vírus que se espalha para as pessoas através dos resíduos de certos roedores, embora também possa ser transmitida de pessoa para pessoa com facilidade. Qualquer indivíduo que tenha sido infectado deve ser submetido a medidas de isolamento até que o problema seja resolvido. O vírus é excretado no sêmen por até três meses, algo que deverá ser considerado diante de uma possível eventualidade de transmissão sexual; e na urina por até dois meses.

O período de incubação do vírus, ou seja, o tempo decorrido desde o momento em que entra em contato com o vírus até o início dos sintomas da febre de Lassa, é de entre 7 a 21 dias. Por isso, um viajante que tenha estado em uma área endêmica pode retornar ao seu país sem sintomas e, portanto, começar posteriormente a manifestá-los.

Nos casos mais graves pode ocorrer o que se conhece como permeabilidade vascular ou capilar, que envolverá a formação de edemas ou inchaço no pescoço, braços e pernas.

A forma de controlar esta doença é adotando medidas de prevenção, como o controle da presença de roedores nas áreas mais próximas das casas, para assim reduzir ao máximo o contato com as excreções desses animais. Por isso mesmo é muito importante adotar medidas gerais para melhorar a situação da saúde e a habitação global em áreas endêmicas, que são mais humildes e com infraestrutura inadequada.

Você já ouviu falar sobre a influência da febre de Lassa na África? Estaremos felizes em conhecer a sua opinião.